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Mostrando postagens de abril, 2025

IVAN, ANCELMO E LUCIANO

                                                Ivan Valença     Quando começou a trabalhar como repórter no jornal Gazeta de Sergipe, nos primeiros anos da década de 60 do século XX, o jornalista Ancelmo Gois teve em Ivan Valença uma espécie de preceptor. Assim que tomei conhecimento da morte de Ivan na última segunda-feira, 21 de abril, entrei em contato com Ancelmo para lhe comunicar da partida do nosso amigo comum. A morte de Ivan   sensibilizou Ancelmo e toda uma geração de jornalistas e cinéfilos que conviveu com ele. Hoje recebi de Ancelmo um comentário acerca de um texto escrito pelo também jornalista Luciano Correia a respeito de Ivan. Ancelmo relembra um depoimento que deu à Associação Brasileira de Imprensa - ABI, no qual faz importantes referências a Ivan Valença. Pedi autorização a Ancelmo e publico aqui o seu texto.   ***   ...

SÃO JORGE E OS ESCOTEIROS

      Jorge Carvalho do Nascimento     O dia 23 de abril de cada ano é dedicado a celebrar o Dia do Escoteiro. É também a data dedicada a homenagear São Jorge, o santo guerreiro. Não sem propósito, São Jorge é padroeiro dos escoteiros, em todo o mundo. Também é o santo da minha devoção. Afinal, Jorge, meu nome, decorre de uma promessa da minha avó Petrina ao santo guerreio.   Nas duas primeiras vezes que Dona Ivanda, a minha mãe, engravidou, nasceram meninas: Iara e Ediana. Na terceira gravidez, Vovó Petrina prometeu a São Jorge que se nascesse um menino a ele seria dado o mesmo nome do valente soldado da Capadócia. O santo atendeu e aqui estou. Em novembro de 1969 fiz a minha promessa como escoteiro. Em 2008 publiquei o livro A ESCOLA DE BADEN-POWELL. Desde aquele 1969 aprendi muito com os chefes escoteiros aos quais me liguei direta e indiretamente: Gilmário Rezende, Adalberto Rodrigues, Walter João Dantas, Ernane de Jesus, Gilson Santos, Fe...

O ULTRAMONTANISMO DE VOVÓ PETRINA

      Jorge Carvalho do Nascimento     Havia um grande relógio de mesa na sala de estar, em um bonito móvel escuro, cheio de gavetas e com os pés torneados. Se me perguntarem qual era a madeira, eu não saberei responder. Acho que era uma madeira de lei, como se costumava chamar aquelas mais nobres, com as quais eram fabricadas as peças mais caras e mais bonitas do mobiliário doméstico. O relógio, em sua caixa de madeira escura com detalhes claros em marchetaria, também era vistoso. Movido a corda, o seu painel exibia um vidro redondo e muito transparente que permitia a bonita visão de um mostrador dourado, liso e brilhante, redondo, com grandes algarismos romanos incrustados em preto. Os ponteiros eram de um metal fosco em cor cinza. O conjunto era belo. O mostrador daquele relógio era uma espécie de “Olho de Tandera” que feria a minha retina, como se fosse capaz de ler a minha alma e prescrutar os meus mais recônditos pensamentos, inclusive os inc...