Pular para o conteúdo principal

SOBRE O LIVRO JACKSON BARRETO: TEMPO E CONTRATEMPO


  

 

Por Mário Freire*

 

 

Concluí a leitura do livro sobre Jackson Barreto e gostaria de parabenizá-lo pelo excelente trabalho biográfico. Tenho certeza que será muito útil como fonte de pesquisa para as próximas gerações que não tiveram o privilégio de viver nesse período histórico. Ciente do seu perfeccionismo e cuidado com o resgate preciso dos fatos, como o fez em “A Cultura Ocultada” (outra excelente obra que tive o prazer de adquirir no lançamento), me sinto, também, na obrigação de apresentar alguns pontos que considero necessários para o aperfeiçoamento desta, em edições futuras, quais sejam:

1 – No capítulo III, páginas 69-70, ao mencionar o apoio de Jackson ao movimento estudantil secundarista, cita os núcleos estudantis dos colégios Castelo Branco e Costa e Silva. Acredito que seria muito pertinente acrescentar que, 60 anos depois, precisamente no dia 14 de janeiro de 2016, o então governador Jackson Barreto assinou decretos para trocar os nomes de três escolas estaduais de Sergipe que homenageavam ex-presidentes da época da ditadura: Presidente Médici, Castelo Branco e Costa e Silva, que passaram a se chamar, respectivamente, Nelson Mandela, Paulo Freire e professor João Costa. Além do estádio de Itabaiana, denominado Presidente Médici, que também passou a receber novo nome: Etelvino Mendonça.

2 – No capítulo IV, página 140, é citado o nome de Abrahão Crispim como um dos vereadores de Aracaju que tomaram posse junto com Jackson Barreto em 1989. Na verdade, Abrahão só assumiria uma vaga no parlamento municipal em 1993, tendo sido eleito a partir da legenda da coligação, que também teve como eleito Gilvan Melo, com expressiva votação.

3 – No capítulo VIII, página 308, também ao citar os nomes de todos os vereadores eleitos em 1992, o de Gilvan Melo não aparece.

Um grande abraço e parabéns pelo trabalho.

 

*Mário Freire é Administrador, Mestre em Sociologia pela UFS e Secretário Chefe de Gabinete da Prefeitura Municipal de São Cristóvão.

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

A REVOLTA DE 13 DE JULHO, OS SEUS REFLEXOS SOCIAIS E OS MÚLTIPLOS OLHARES DA HISTÓRIA

      José Anderson Nascimento* Jorge Carvalho do Nascimento**                                                                                              Qualquer processo efetivamente vivido comporta distintas leituras pelos que se dispõem a analisar as evidências que se apresentam para explicá-lo. Quando tais processos são prescrutados pelos historiadores, a deusa Clio acolhe distintas versões, desde que construídas a partir de evidências que busquem demonstrar as conclusões às quais chega o observador. Historiadores como...

TARCÍSIO TEIXEIRA E A DEMOCRACIA EM SERGIPE

     Jorge Carvalho do Nascimento     No dia de ontem, sábado, 23 de novembro de 2024, Tarcísio Teixeira completou 81 anos de nascido. Aracajuano, economista e empresário, ele é um dos filhos do empresário Oviedo Teixeira. Após o golpe militar de 1964, Tarcísio esteve ao lado do seu irmão José Carlos Teixeira, do seu pai, Oviedo Teixeira, e do seu irmão Luiz Antônio Teixeira, exercendo um papel preponderante na política de Sergipe, ao lado deles ajudando a liderar o processo de organização do partido que se opôs à ditadura no Estado. O aniversário de nascimento de Tarcísio Teixeira me levou a lembrar do livro MEMÓRIAS DA RESISTÊNCIA:O MDB E A LUTA CONTRA A DITADURA MILITAR EM SERGIPE. Dentre os que publiquei é um dos livros que mais me agrada. O trabalho entrou em circulação no ano de 2019 com o selo da Editora Criação, dirigida por Adilma Menezes. Com ela publiquei a maior parte dos meus livros. A produção daquele estudo foi um sonho que acalentei...

O LEGADO EDUCACIONAL DE DOM LUCIANO JOSÉ CABRAL DUARTE

  Jorge Carvalho do Nascimento     A memória está depositada nas lembranças dos velhos, em registros escritos nas bibliotecas, em computadores, em residências de particulares, em empresas, no espaço urbano, no campo. Sergipe perdeu, no dia 29 de maio de 2018, um dos seus filhos de maior importância, um homem que nos legou valiosos registros de memória que dão sentido à História deste Estado durante a segunda metade do século XX. O Arcebispo Emérito de Aracaju, Dom Luciano José Cabral Duarte, cujo centenário de nascimento celebramos em 2025, foi uma das figuras que mais contribuiu com as práticas educacionais em Sergipe, sob todos os aspectos. Como todos os homens de brilho e com capacidade de liderar, despertou também muitas polêmicas em torno do seu nome. Ao longo de toda a sua vida de sacerdote e intelectual da Educação, Dom Luciano Duarte teve ao seu lado, como guardiã do seu trabalho e, também da sua memória, a expressiva figura da sua irmã, Carmen Dolores Cabral Duar...