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Mostrando postagens de outubro, 2025

FEIRA DE SANTANA E O MODERNISMO NA LITERATURA DA BAHIA

  Jorge Carvalho do Nascimento     Cristiane de Magalhães Porto é baiana de São Gonçalo dos Campos. Migrou para Feira de Santana aos quatro anos de idade e fez daquela cidade a sua pátria. Na idade adulta, já reconhecida profissionalmente, se transferiu para o Estado de Sergipe e se transformou em importante professora e pesquisadora dos cursos de mestrado e doutorado em Educação da Universidade Tiradentes. Doutora em Cultura e Sociedade pela Universidade Federal da Bahia, Cristiane é pesquisadora com bolsa de produtividade do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico – CNPq. Autora de vasta bibliografia, Cristiane acaba de assinar uma nova publicação que começou a circular este ano pela Editora Universidade Estadual da Paraíba – Eduep com o título POÉTICA & MEMÓRIA: O PARNASIANISMO E A GUERRA DE PALAVRAS. Em 123 páginas nas quais advoga ser a cidade de Feira de Santana o berço do Modernismo na literatura baiana, Cristiane se debruça sobre os poeta...

O TERREMOTO DE POMBAL

    Jorge Carvalho do Nascimento     - Sepultar os mortos, cuidar dos enfermos e reconstruir a cidade. Esta foi a frase de Pombal, em 1755, depois do terremoto de Lisboa. Assim falou o erudito padre Velasco, enquanto sorvia com prazer e volúpia uma caneca de chope no Bar do Vesúvio. Era ali que ele e outros amigos costumavam se reunir para o bate papo no final da tarde desde que ele mudara para cidade, assumindo a concorrida paróquia de São Jorge dos Ilhéus. Velasco era bem formado. Bacharel em Direito e atuante advogado com reconhecida liderança na Ordem dos Advogados do Brasil baiana. Professor de Direito Constitucional na Universidade Estadual de Santa Cruz – a UESC era também um importante gestor público. Autor de muitos livros, ocupava uma das cadeiras da Academia de Letras da Bahia. Poesia, romance, ensaios de Sociologia Jurídica. Indiscutivelmente, escrever sobre História era uma das suas predileções. Sentado ao seu lado, taça de vinho tinto português de boa s...

AS MARCAS DE UM DIA TRISTE

Por Jorge Carvalho do Nascimento Dia muito triste. Acordei com a notícia da morte da querida amiga jornalista YARA BELCHIOR. O dia estava se encerrando e me chega a notícia da morte da professora CARMELITA PINTO FONTES. A professora partiu aos 92 anos de idade. Foi uma importante poetisa, jornalista, contista, cronista e teatróloga. Publicou muitos textos em jornais sob o pseudônimo de GRATIA MONTAL. Laranjeirense, teve uma longa carreira docente na área de Literatura, atuando na Faculdade Católica de Filosofia e no Departamento de Letras da Universidade Federal de Sergipe. Era membro da Academia Sergipana de Letras. Triste 06 de outubro de 2025.  

A AUSÊNCIA DE YARA

    Jorge Carvalho do Nascimento     Ouvindo o noticiário da TV Sergipe na manhã desta segunda-feira, seis de outubro de 2025, tomei conhecimento da morte da jornalista Yara Belchior. Amiga muito querida, Yara passou a infância e a adolescência na zona norte de Aracaju, entre os bairros Dezoito do Forte e Santo Antônio. Fomos vizinhos. Aportou por aqui ainda criança, por volta dos oito anos de idade, acompanhando os pais José de Sá e Gedalva que migraram de Salvador para Aracaju, seguindo os passos dos demais núcleos da sua grande família que tem origens no sertão do Estado de Sergipe, mais precisamente na região de Porto da Folha. À medida que os anos passaram, a menina sapeca Yara se transformou numa adolescente viçosa, numa moça muito bonita, numa mulher exuberante., estudiosa, inteligente, numa militante política comprometida que sabia liderar. Encarnou compromissos sociais, tomou posição ideológica e se fez quadro do movimento estudantil quando ingressou na Univ...