Jorge Carvalho do Nascimento* Acabei de tomar conhecimento da morte da empresária Maria Lucinda de Almeida Peixoto, ocorrido hoje na cidade de Penedo, Estado de Alagoas. Lucinda era certamente a principal herdeira dos negócios da próspera família Peixoto Gonçalves, empresários que ao longo do século XX constituíram a mais importante e mais rica família da região do Baixo Rio São Francisco, consideradas as duas margens – a de Alagoas e a de Sergipe. Tive a oportunidade de conhecer Lucinda Peixoto no final do ano de 2009, quando iniciei uma pesquisa sobre os negócios da família Peixoto Gonçalves, a convite do seu genro, José Carlos Dalles, um dos principais executivos com responsabilidade sobre a gestão das atividades econômicas da família. Em maio de 2010, fiz uma série de entrevistas e mantive várias conversas com Dona Lucinda, como os penedenses e os seus amigos costumavam tratá-la. Fiquei impressionado com a sua memória que o tempo não conseguira embotar. Do m
Este Blog discute temas relacionados a Educação, a História e a Política. Temas sempre presentes são aqueles que dizem respeito a Hist´ria da Educação, a relação entre História e Memória, a História do Livro e da Leitura, a História das Bibliotecas, a Política Educacional, aos problemas da Educação Básica no Brasil, com ênfase no Ensino Médio e particularmente no Ensino Médio Integral. Também estão aqui contemplados estudos sobre a História de associações voluntárias como o Rotary Club.
Grata pelo texto, professor Jorge. Como alguém que esteve desenvolvendo projetos de incentivo à leitura, entre 2009 e 2019, somente senti falta do registro do endereço do rico acervo de Sílvio Romero. O Estado comprou a biblioteca do escritor em 1918, mas não foi fácil a mantença até os dias atuais. Algo até compreensível, pois muitas mudanças ocorreram até a inauguração do atual prédio da Epifânio Dória, em outubro de 1974. O próprio Jackson nos contou que foi chamado para reorganizar o acervo com o saudoso Pedrinho dos Santos e entre as pilhas desarrumada de livros havia, inclusive, múmia de rato. Mais recentemente, em 2010, com a Biblioteca clamando por uma reforma, o mesmo acervo contou com a sensibilidade de diretoras que mandaram cobrir todos os livros com plástico para mantê-los a salvo das inúmeras goteiras. Em 2015, novamente por sensibilidade da direção e lamentos do Seu Pedrinho e Jackson, foi inaugurada uma sala somente para o precioso acervo. Após a esperada reforma, em junho de 2019, a Epifânio foi reinaugurada com uma sala ainda mais ampla para os acervos de Sílvio, dos irmãos Freire e de Gumecindo, com toda a catalogação sofisticada feita, a mão, pelo patrono da biblioteca.
ResponderExcluirQuero deixar isso registrado, pois não fosse a bravura e persistência dessas pessoas, talvez, não pudéssemos mais fazer esse tipo de pesquisa.
Por último, reafirmo a importância de quem preserva, ilustrando com um caso que poucos ficaram sabendo. Houve dirigente da Epifânio que estava descartando os livros de história, cultura e literatura de Sergipe, jogando tudo no último andar para irem ao lixo e eu, ouvindo os apelos de Seu Pedrinho, chamei um fotógrafo para registrar o fato. Na ocasião, levei uma bronca da Secult por ter permitido o registro, mas os livros ficaram e a diretora saiu. Graças ao bom Deus. Desculpa, o longo comentário. Viva, Jackson da S. Lima; viva, Sônia Carvalho; viva Juciene Santos; viva, Seu Pedrinho dos Santos!