Jorge
Carvalho do Nascimento*
Em
julho de 2011 fui nomeado pelo governador Marcelo Deda para presidir a Empresa
Pública de Serviços Gráficos do Estado de Sergipe – Segrase (Imprensa Oficial).
Sucedi a Luiz Eduardo Oliva, amigo pessoal, jornalista e advogado, que fora
convocado pelo chefe do Poder Executivo para assumir o cargo de secretário de
Estado da Cidadania e dos Direitos Humanos.
Um
mês depois, juntamente com Oliva, viajei para o Rio Grande do Norte convocado
pela Associação Brasileira de Imprensas Oficiais – ABIO, da qual até então Luiz
Eduardo era um dos diretores. A ABIO prestou uma homenagem a Oliva pelos serviços
que ele prestara à entidade.
Naquela
reunião fui apresentado a outros dirigentes e membros da Associação. Fiquei impressionado
com todos pela seriedade e pelo elevado nível da discussão dos problemas. Alguns
deles me chamara a atenção e ali nasceram muitas relações de amizade. Cito
Samir Malouf (São Paulo), Roberto Sarto (Cuiabá), Josenilson (Rio Grande do
Norte), Luiz Gonzaga (Bahia), Ivail Andrade (São Paulo), Haroldo (Rio de
Janeiro), Ricardo (Pernambuco) e Marcos Monteiro (São Paulo). São muitos mais e
aqui não há espaço para listar todos.
Um
deles, em especial, me chamou a atenção pelo modo como me acolheu e pelo seu
estilo afável de relacionamento com todos: Mário Jorge Correa. Era diretor da
Imprensa Oficial do Estado do Amazonas, o mais antigo no exercício da função.
Não obstante as mudanças de governo daquele Estado, ele era sempre mantido no
cargo e assim continuou até hoje, quando fui notificado da sua morte pelo amigo
Luiz Eduardo Oliva.
Durante
os últimos 10 anos, mantive com Mário Jorge uma relação de amizade que se
aprofundou. Enquanto presidi a Segrase, várias vezes liguei para ele pedindo
sua opinião em questões de caráter técnico e administrativo. Muitos anos mais
velho que eu, Mário Jorge sempre me acolhia como alguém que aconselha um filho
ou com o afeto de um irmão mais velho e mais experiente.
Eram
muitos os laços que me ligavam a Mário Jorge. Dentre eles, um que era comum a
ele e que também me aproxima de Luiz Eduardo Oliva e Milton Alves, um outro
amigo jornalista que continua dirigindo a Segrase. Mário era um ardoroso
torcedor do Clube de Regatas Vasco da Gama.
Das
mãos de Mário Jorge recebi, em dezembro de 2014 um presente que ainda mantenho
e uso frequentemente. Ele havia retornado do Rio de Janeiro e estava participando,
em Aracaju, de mais uma reunião da Associação Brasileira de Imprensas Oficiais,
aqui realizada. Veio acompanhado da esposa e do neto.
Além
do convívio sempre agradável, naquela oportunidade me ofertou uma camisa do
Clube de Regatas Vasco da Gama, paixão que me aproximou de Mário Jorge e que
também está presentes nos corações dos meus amigos Milton Alves e Luiz Eduardo
Oliva, como já afirmei. Ele era associado e conselheiro do nosso time.
Mário
deixa um legado importante como modernizador da gestão da Imprensa Oficial do
Estado do Amazonas. Membro ativo da Associação Brasileira de Imprensas
Oficiais, por várias vezes exerceu cargos de diretor daquela instituição e
sempre foi generoso ao orientar imprensas oficiais de outros Estados quanto a
possibilidade de solução de alguns problemas que esse tipo de organização inúmeras
vezes enfrenta.
Ao
meu amigo Mário Jorge Correa rendo um preito de homenagem que sei ser de todos
os que um dia passaram pela Abio e tiveram a oportunidade de conhecer essa
figura extraordinária de jornalista nascido no Pará, intelectual formado no
ambiente universitário do Estado do Rio de Janeiro, que adotou o Amazonas ao
lado da sua Zeli e transformou a cidade de Manaus na terra do seu coração.
Vá
em paz, amigo.
*Jornalista,
professor, doutor em Educação, membro da Academia Sergipana de Letras e
presidente da Academia Sergipana de Educação.
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