Rubem Tadeu Perlingeiro*
O Dirigente Escoteiro Luiz Custodio G. Dias fez uma interessante
pesquisa sobre a participação dos franciscanos no Movimento Escoteiro, mais
especificamente na cidade de Petrópolis (RJ).
De acordo com Luiz Custodio, jovens estudantes do Instituto Teológico
Franciscano (ITF), que, naquele momento, funcionava na Paróquia do Sagrado
Coração de Jesus, iniciaram, em 1965, as atividades do Clã Universitário João
XXIII, assim chamado em homenagem ao Papa falecido dois anos antes.
Entre os incentivadores do novo Clã, estavam os Freis Paulo Evaristo
Arns (posteriormente, Cardeal Arcebispo de São Paulo) e Fernando Antônio
Figueiredo (atual Bispo emérito de Santo Amaro-SP). Ambos, à época, professores
do ITF.
Com as atividades em crescimento junto à Paróquia do Sagrado Coração de
Jesus, criou-se, a partir do Clã, o Grupo Escoteiro João XXIII, numeral 35 da
Região Escoteira do Rio de Janeiro (um interessante e raro caso de grupo
escoteiro criado a partir do Clã de Pioneiros).
Nesse período inicial, diversos frades franciscanos atuaram no Grupo
Escoteiro, entre eles, Freis Metódio de Haas, Edgar José München, Gunther Max
Walzer, Antônio Moser (os dois primeiros foram, inclusive, Assistentes
Nacionais Religiosos Católicos da UEB em 1958/1967 e 1968/1979,
respectivamente).
O Clã Universitário João XXIII escreveu o livreto CANCIONEIRO, com
partituras de algumas canções escoteiras, e os frades escreveram os livros
ROTEIRO PASTORAL e ESCALADA.
A forte presença dos franciscanos no Grupo durou até o início dos anos
70, quando por motivos diversos, foram se afastando do Movimento, com algumas
participações pontuais, como as dos Freis Luis Antônio Ribeiro, José Antônio
Cruz Duarte até 1975/1976, e, posteriormente, dos Freis José Luis Alves,
Antonio Carlos Cavalcante, Cláudio Loes, que permaneceram no Grupo Escoteiro
até meados de 1982.
Mais recentemente (de 2013 a 2016), o Frei Leandro Costa Ofm participou
ativamente do Grupo, até concluir seus estudos no ITF e ser transferido para
Vila Velha (atualmente, é um dos freis responsáveis pelo Santuário Frei Galvão
em Guaratinguetá-SP).
Se você tiver mais informações (e/ou fotos) sobre a participação dos
franciscanos no Movimento Escoteiro aqui no Brasil, me envie, por favor, pelo
messenger.
*Advogado. Foi diretor-presidente da União dos Escoteiros do Brasil.
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